Dourados
Violência contra profissionais de saúde mobiliza debates para novas medidas em Dourados
| DOURADOS AGORA/FLáVIO VERãO
A escalada de de violência contra profissionais da saúde em Dourados tem mobilizado autoridades e gerado debates sobre a necessidade de reforço na segurança das unidades de atendimento. Em menos de 30 dias, dois casos de agressão foram registrados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), levando os vereadores Inspetor Cabral (PSD) e Marcelo Mourão (PL) a defender o aumento na presença das forças de segurança nas unidades de saúde para coibir novos episódios, bem como discutir um novo modelo de gestão para o SUS (Sistema Único de Saúde).
Na esfera estadual, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou hoje, por unanimidade, o Projeto de Lei 277/2024, da deputada Lia Nogueira (PSDB), que propõe a criação da “Campanha de Combate à Violência contra os Profissionais da Saúde'. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do respeito aos trabalhadores da área e será realizada anualmente na semana do dia 18 de novembro.
Inspetor Cabral, que é Guarda Municipal, usou a tribuna da Câmara para cobrar medidas urgentes de segurança para os profissionais da área da saúde no município. “Profissionais da saúde enfrentam diariamente uma rotina exaustiva e, além dos desafios da profissão, ainda precisam lidar com a falta de segurança dentro dos próprios locais de trabalho. Isso é inaceitável!', afirmou Cabral.
O vereador defendeu o reforço da presença das forças de segurança nas unidades de saúde, para evitar novos episódios de violência. Ele também destacou a importância de que os responsáveis por atos como esse sejam devidamente identificados e punidos.
Já Marcelo Mourão chamou a atenção para o respeito que as autoridades e os usuários de saúde precisam ter com os profissionais de saúde. 'Precisa respeitar os médicos, os atendentes de saúde, não dá pra ir pro vale tudo. Não dá pra ir pra porrada. Daqui a pouco nenhum enfermeiro e médico vai querer atender no SUS. O serviço tem que chegar, ser de qualidade, inclusive precisamos rever o modelo SUS. É razoável esse tanto de posto de saúde que não entrega?' indagou o parlamentar. Ele continuou: 'A gente precisa ter coragem de discutir novo modelo de SUS aqui. Polos, polos, centro especializado de odontologia, pra pessoa saber que vai lá e funciona', ressaltou.
Marcelo Mourão lembrou de um recente caso em que um vereador invadiu a sala vermelha de uma unidade básica de saúde onde profissionais faziam atendimento de emergência a um paciente, que morreu durante a ação. A prefeitura de Felício dos Santos (MG) atribuiu ao vereador a morte da vítima, por desestabilizar a equipe médica e de enfermagem. 'A gente não pode entrar assim em qualquer lugar, foi ação do vereador, não se pode provar, mas a gente precisa ter um cuidado para não despertar nas pessoas um sentimento de raiava aleatória, porque ninguém ganha com isso; essa guerra não tem ganhador, só perdedor e não interessa o lado que você está', prosseguiu Marcelo Mourão.
No primeiro caso, ocorrido em 19 de janeiro, uma técnica de enfermagem da UPA foi agredida por uma paciente de 36 anos, que apresentava sinais de uso de drogas. Durante o atendimento, a profissional foi atingida por um chute que lhe causou a fratura de uma costela. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa.
Já nesta segunda-feira (10), um médico de 27 anos foi alvo de agressões dentro da mesma unidade. Um paciente de 32 anos, aparentemente em surto, atacou o profissional com tapas e chutes antes de fugir. Apesar das buscas realizadas pela polícia, o agressor ainda não foi localizado.
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