Os escorpiões continuam liderando os registros de acidentes com animais peçonhentos em Mato Grosso do Sul. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica (CVSAT), mostram que 75,71% dos casos notificados entre janeiro de 2023 e janeiro de 2025 tiveram como causa esses animais.

No total, foram registrados 13.227 acidentes escorpiônicos no período, sendo 6.101 apenas entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. Campo Grande lidera o ranking, com 1.888 casos, seguido por Três Lagoas (518), Dourados (261), Brasilândia (183) e Paranaíba (170).

Entre as espécies mais comuns no estado estão o Tityus confluens e o Tityus serrulatus (escorpiões amarelos) e o Tityus bahiensis (escorpião marrom).

Segundo a SES, o escorpião amarelo está entre os mais perigosos, capaz de provocar acidentes moderados a graves, principalmente em crianças e idosos, que são mais suscetíveis ao agravamento dos sintomas.

Esses animais costumam se esconder em locais escuros, úmidos e com fácil o a alimento, como baratas. São frequentemente encontrados em redes de esgoto, ralos, entulhos, caixas de gordura, bueiros e materiais de construção, além de áreas rurais com acúmulo de madeira, folhas secas e pedras.

A SES reforça que, em caso de acidente, a vítima deve procurar imediatamente uma unidade pública de saúde. A recomendação é não aplicar remédios caseiros, álcool, vinagre ou qualquer substância no local da picada, pois isso pode agravar o quadro.

Além da atuação dos órgãos públicos, o combate exige a participação da população, com medidas de prevenção como:

A SES alerta que, apesar de os casos serem mais frequentes no período de calor e chuva, os acidentes ocorrem durante todo o ano, exigindo atenção constante.