Esportes
Goleiros roubam a cena na abertura da Copa do Mundo de clubes
Ustari e El Shenawy somaram defesas fundamentais para que o placar não se alterasse em Miami
| GLOBOESPORTE.COM / RODRIGO COUTINHO



Destacar os goleiros em uma partida que termina 0x0 pode ser clichê, mas é difícil fugir disso para explicar o empate entre Al Ahly e Inter Miami no primeiro jogo da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Cada equipe dominou um tempo e não seria nenhum exagero caso a rede balaçasse duas vezes para ambos os lados.
Ustari defendeu penalidade máxima cobrada por Trezeguet e empilhou ótimas defesas na 1ª etapa. Viu seu time ser amplamente dominado no período. El Shenawy também foi importantísso para brecar a melhora da equipe dos Estados Unidos no 2º tempo, incluindo dois milagres nos acréscimos.
Escalações
Na sua estreia em jogos oficiais pelo Al Ahly, o técnico espanhol José Riveiro surpreendeu ao promover a entrada do experiente e recém-contratado Hamdy Fathy no meio-campo. Ahmed Koka foi o lateral-esquerdo. Em tese uma escalação mais conservadora.
Já Javier Mascherano fez mexidas em relação ao que vinha escalando na linha defensiva. Weigandt deixou a lateral-direita e Ian Fray assumiu o setor. David Martinez e Jordi Alba foram desfalques. Avilés formou a zaga com Falcón e Noah Allen foi o lateral-esquerdo.
O jogo
Assim que a bola rolou no Hard Rock Stadium o Al Ahly mostrou ser mais time que o Inter Miami neste momento. Mesmo perdendo o talentoso Emam Ashour logo aos 13 minutos, com uma lesão no ombro, os egípcios foram mais perigosos em ataques rápidos e retomadas de bola no campo oponente, e só não abriram o placar antes do intervalo em virtude do goleiro Ustari.
O argentino fez duas defesas espetaculares em finalizações de Emam Ashour e Achraf Dari, e ainda defendeu o pênalti cobrado por Trezeguet na reta final da 1ª etapa. O Inter Miami só foi conseguir levar perigo de fato nos acréscimos, já inflamado pela penalidade defendida por Ustari. Suárez viu um gol certo seu ser salvo em cima da linha pelo centroavante Abou Ali.
O Inter Miami não merecia mesmo sair na frente no placar. Foi um time letárgico para circular a bola. Teve posse estéril e fez transições defensivas muito lentas. Demorou a reagir ao perder a bola, e viu o Al Ahly encaixar muitos ataques rápidos em sequência.
Os africanos não faziam questão de subir a marcação. Combatiam a partir da linha média, mas eram agressivos para impedir que Messi e Suárez recebessem com liberdade perto da área. Apesar do susto no fim, inibiram muito do que a dupla tentou fazer. Yasser Ibrahim, Ahmed Koka e Marawan Attia venceram duelos e interceptaram es que precederam bons contragolpes.
Trezeguet, quase sempre bem aberto pela esquerda, era o principal alvo nessas transições. Depois contava com bons movimentos de Ben Romdhane, Abou Ali e Zizo, o substituto de Emam Ashour. Tinha opções de ataque em profundidade, apoios por dentro. Zizo ou a transitar mais pela direita em relação ao que Ashour fazia.
Outra ferramenta bem utilizada pelos egípicios foi a pressão pós-perda no campo rival. Conseguiu o pênalti assim. Hamdy Fathy acrescentou bastante neste aspecto. Em fase ofensiva, apesar de mostrar organização e agressividade, não era um time tão fluído quanto em transições ou no ''perde, pressiona''.
O Inter Miami tentava projetar bem os laterais em amplitude no campo de ataque, fazia com que os inoperantes Segovia e Allende transitassem por dentro, mas não encontrava as conexões e nem tinha intensidade nos movimentos. Busquets esteve muito abaixo do que pode. Messi ainda conseguiu algum destaque em lances individuais.
No intervalo, Mascherano sacou o amarelado Avilés, que quase foi expulso na 1ª etapa. Weigandt entrou. Fray virou zagueiro ao lado de Falcón. O time melhorou. Noah Allen serviu como um terceiro elemento alinhado aos zagueiros pela esquerda na saída de bola. Weigandt se projetou de forma mais comedida em relação a Fray. A equipe conseguiu se instalar no ataque de maneira mais estruturada.
A pressão na bola também melhorou para marcar no campo de ataque, seja em tiros de meta dos egípcios ou em transições defensivas. Messi ou a receber mais vezes no setor em que pode ser influente. Criou três boas jogadas antes dos 15 minutos. Quase marcou um belo gol de falta. Allende e Segovia melhoraram um pouco.
O Al Ahly manteve a estratégia do 1º tempo, mas o funcionamento já não era o mesmo. José Riveiro não demorou a mexer no time. Sacou Trezeguet e Ben Romdhane antes dos 20 minutos. Colocou El Shahat e Taher Mohamed. ou a ter um jogador mais agudo ao invés de um terceiro meio-campista.
Afsha e Gradisar foram as últimas cartadas do Al Ahly já na reta final do jogo. Zizo e Abou Ali saíram. A esta altura os egípcios já haviam conseguido reequilibrar as ações, apesar de arem longe da produtividade do 1º tempo.
Mascherano promoveu as entradas de Cremaschi e Picault ao longo da etapa derradeira. Eles participaram de boas jogadas depois dos 30 minutos, período em que o Inter Miami voltou a pressionar.
Picault quase marcou um golaço de cabeça, mas parou em El Shenawy, que também impediu tentos de Messi e Falcón nos acréscimos, igualando os grandes feitos de Ustari na 1ª etapa. Empate ótimo para quem vencer o duelo de amanhã entre Palmeiras e Porto.
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