Projeto da UFGD leva água a comunidade indígena com perfuração de poços freáticos

Nos últimos cinco meses, dez poços freáticos foram perfurados em comunidades indígenas de Dourados e região

| DOURADOSNEWS / DA REDAçãO


Imagens dos poços perfurados e das instalações em funcionamento - Crédito: Reprodução/Instagram
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Nos últimos cinco meses, dez poços freáticos foram perfurados em comunidades indígenas de Dourados e região, levando água, dignidade e a possibilidade de cultivo agroecológico para diversas famílias. A meta do projeto é dobrar esse número nos próximos quatro meses, com a perfuração de mais dez poços.

As perfurações estão sendo realizadas pelo Projeto de Extensão Ânimo - Ñande Retea’e, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). Dos dez poços, dois foram abertos na comunidade Yvu Verá, quatro na Nhu Verá Guassu, e um poço nas comunidades Itay, Nhu Verá 2, Nhu Verá 1 e Araticuty. 

O o à água tem permitido não apenas a garantia de um direito básico, mas também a retomada da produção de alimentos, com a instalação de hortas e roçados agroecológicos. Nessas áreas já estão sendo cultivadas hortaliças, mandioca e variedades tradicionais de milho, com acompanhamento técnico da equipe do projeto de extensão da UFGD. Além disso, o projeto está promovendo a distribuição de sementes crioulas, contribuindo para o resgate de cultivares ancestrais dos povos indígenas da região.

Por serem poços freáticos — e não artesianos —  eles têm capacidade de abastecer, por meio de mangueiras, em torno de 15 moradias (até 100 pessoas). Esse tipo de poço não comporta a demanda de áreas mais populosas, como as aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados. Poços freáticos são estruturas de baixo custo, facilmente removíveis, especialmente adequadas às retomadas indígenas, possibilitando maior flexibilidade de uso.   Como tudo começou

O Projeto Ânimo foi criado em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, com o propósito de ampliar o o à água e fortalecer a soberania alimentar das comunidades indígenas em retomadas na região de Dourados. A proposta inicial conseguiu captar R$ 500 mil por meio de uma campanha encabeçada pelo ativista Eduardo Moreira. Aproximadamente 30 poços foram perfurados durante a pandemia, por meio dos projetos “Ânimo” e “Caminho das Águas”.

Diante da limitação da máquina utilizada inicialmente — e das dificuldades geológicas da região, como a presença de rochas basálticas no subsolo — a maioria dos poços chegou somente a profundidades entre 12 e 18 metros, com lâminas d’água de 1 a 2 metros. Para melhorar a qualidade das perfurações, parte do recurso restante foi usado para adquirir, em julho de 2023, uma máquina perfuratriz semi-profissional.

Em dezembro do mesmo ano, o projeto foi contemplado com um novo recurso de R$ 575 mil, reado pelo Ministério dos Povos Indígenas, destinado à perfuração de 20 poços. Após os trâmites técnicos e burocráticos, no final de maio de 2024, o recurso foi descentralizado para a UFGD. A primeira perfuração com a nova máquina teve início em outubro de 2024. A máquina perfuratriz precisou receber alguns ajustes e adaptações técnicas durante os meses de novembro e dezembro para poder chegar ao resultado esperado. Atualmente, o projeto encontra-se em pleno funcionamento.   

 



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