Balançar as redes é com ele mesmo. Antes, no futebol profissional. Agora, na várzea. Wellington Paulista, que ou por clubes como Botafogo, Fortaleza e West Ham, da Inglaterra, vive nova realidade. Na grama sintética, defende clubes como Arsenal Guarulhos, Marcone Futebol Clube e Estrela D.F.C. Ele falou sobre a nova rotina ao ge.

— Eu abri um Centro de Performance em São Paulo. Estou dando aula, com meu parceiro Marlon, meu irmão que também jogou futebol. Fazemos um treinamento específico para criança, para jogador de várzea. Hoje em dia, com a minha visibilidade grande com a várzea, vem muito jogador para cá. A várzea em São Paulo cresceu muito, paga-se bem. Os meninos estão largando o emprego e treinando . Treinam a semana para jogarem no fim de semana. Dou aula para eles. Estou feliz — afirma, em entrevista ao ge.

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Wellington conta que, hoje, jogar na várzea é bem diferente. Os campos de barro rarearam. Também não há mais briga. As confusões acabaram. Quem briga pode ser punido por cerca de dois anos (tanto jogador como clube).

A iração por Pedro

No futebol profissional, Wellington Paulista somou 826 partidas e 256 gols. Ele lembra da expectativa por uma convocação à Seleção principalmente quando brilhou com 29 gols em 2008 e 30 gols em 2009. Acabou não sentindo esse prazer.

E aponta nomes que ele convocaria, se fosse Ancelotti. Pedro, do Flamengo, é um incontestável. E Rodrigo Muniz, que está no Fulham, também vem forte.

— A Seleção está muito bem servida. Eu, como centroavante, prefiro o Pedro . Sei que ele estava voltando de lesão. Mas ele vai voltar à Seleção. É um cara que, como camisa 9 hoje em dia, é um dos especialistas na posição. Eu gosto muito do Rodrigo Muniz , que está jogando na Inglaterra. É um cara forte, veloz, que está se dando bem. É difícil jogar na Inglaterra e ele está jogando muito bem. Eu torço muito para que o Pedro volte logo.

Ídolo e amigo de Rodrigo Muniz

Rodrigo Muniz, ex-Flamengo, chegou a citar Wellington Paulista como um dos melhores finalizadores do futebol. Eles já se conheceram em Minas Gerais, tiraram fotos, trocaram camisas e viraram amigos. Por isso, o ex-atacante o acompanha de tão perto.

— Ele falou que é meu fã desde pequeno. Virou referência como centrovavante, não é paradão, movimenta, briga, faz o pivô, sabe finalizar e cabecear como ninguém. Pode chegar à Seleção, é muito novo e pode chegar lá — acredita.

Ex-Fortaleza e Santos, WP9 está ligado no Brasileirão. Os dois times duelam nesta quinta-feira (12), na Arena Castelão, às 19h30, pela 12ª rodada. Para o ex-atacante, não há nem dúvidas sobre para quem torcer. O Leão do Pici ficou marcado na vida do jogador e ele não titubeia.

— Espero que o Fortaleza ganhe de 2 a 0, com dois gols do Lucero.

E sobre o próprio desempenho na várzea? O desejo é simples.

— Estou conseguindo fazer gols como fazia no profissional. Mas é difícil jogar na várzea. Alguns que vêm do profissional desistem. Para mim, era me adaptar à grama sintética. Eu me adaptei. Agora é seguir fazendo os meus golzinhos...