Alan supera infecção para brilhar em virada do Brasil: "Fiquei dois dias internado"

Durante a preparação para a Liga das Nações Masculina de vôlei, oposto teve um problema de saúde. Recuperado, foi o grande destaque da vitória sobre a Ucrânia, no Maracanãzinho

| GLOBOESPORTE.COM / JúLIA PORTES E LUCAS ESPOGEIRO


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Alan estreou na atual edição da Liga das Nações Masculina de vôlei (VNL) neste sábado (14). De cara, o oposto já emplacou uma atuação de gala. Entrou no fim do segundo set e foi o maior pontuador do Brasil, anotando 21 pontos e garantindo a vitória de virada sobre a Ucrânia, por 3 sets a 2. Quem viu a vibração do jogador em quadra nem podia imaginar que, há exatamente uma semana, ele foi internado. Precisou ar dois dias no hospital até ser reintegrado à seleção, na última segunda-feira (9).

O Brasil voltará à quadra do Maracanãzinho no domingo (15), às 10h (de Brasília), contra a Eslovênia. TV Globo e sportv2 transmitirão a partida, e o ge acompanhará todos os lances em tempo real.

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– Tive uma infecção urinária, infelizmente, e fiquei dois dias internado. Não sabemos por que eu peguei. A volta foi gradual, e hoje eu já me sentia bem melhor. O Bernardinho optou por me colocar entre os 14 relacionados, mas estávamos em três opostos (Alan, Darlan e Chizoba), porque eu ainda não tinha certeza de como ficaria. No fim, estava preparado para entrar e consegui jogar bem – contou Alan, após o triunfo sobre a Ucrânia.

Devido à infecção, o oposto ficou fora dos dois primeiros jogos do Brasil na VNL, contra Irã e Cuba. Neste sábado, começou no banco, mas entrou no fim do segundo set, no lugar do irmão, Darlan. A partida, que se encaminhava para uma vitória tranquila da Ucrânia, mudou de figura, muito por causa da participação de Alan. Ele, inclusive, foi o responsável pelo último ponto do duelo, no tie-break.

– Entrar num jogo perdendo de 2 a 0 é difícil, mas a equipe, no geral, está muito animada para melhorar, para jogar cada vez melhor. Eu entrei, vi uma energia diferente ali. O pessoal veio comigo, e isso é extremamente importante, porque o nosso time está em evolução. Trocar uma peça ou outra vai acontecer durante o campeonato, faz parte. Quem entrar tem que saber representar a seleção – afirmou Alan.

Mesmo em alta na equipe brasileira, o oposto faz questão de valorizar o papel do titular Darlan, que teve atuação discreta contra a Ucrânia e não participou dos últimos três sets. Os irmãos, concorrentes por um lugar no time de Bernardinho, comemoraram a vitória juntos na quadra do Maracanãzinho.

– Hoje o titular é o Darlan, meu irmão mais novo. Está crescendo, e a gente sabe que vai ter essas oscilações. Estou ali para ajudá-lo nos momentos difíceis – disse Alan.

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Vibração e resiliência para vencer

Ressaltada por Alan, a postura em quadra foi um dos destaques da virada sobre a Ucrânia. A partir do terceiro set, quando o placar já estava 2 a 0, os brasileiros começaram a vibrar com maior vigor a cada ponto marcado. Como consequência, o clima esquentou, com provocações e trocas de encaradas por trás da rede.

Fernando Cachopa, levantador, foi quem chamou mais atenção: gritou, comemorou e levou a torcida para o jogo. Após a partida, o atleta, que ficou rouco com tanta vibração, afirmou que a mudança de comportamento foi o ponto crucial da vitória.

– Quando a gente começou o jogo, a energia estava muito baixa, sem conseguir colocar o nosso ritmo de jogo, sem pressionar e botar para fora essa energia. Acho que, a partir do terceiro set, a gente começou a provocar um pouquinho mais e a jogar o nosso jogo – comentou Cachopa.

Essa não foi a primeira vez que o Brasil levou uma partida ao tie-break após ficar atrás no placar por 2 a 0. Na última quinta-feira (12), a seleção fez isso em jogo disputado contra Cuba. Entretanto, o final foi diferente: os brasileiros acabaram derrotados no set decisivo, por 15 a 13. Após o triunfo sobre a Ucrânia, Bernardinho destacou a força do elenco, que a por um processo de renovação.

– Fala-se de uma geração menos resiliente, como um todo, no mundo, no Brasil, o que quer que seja. Recebem “não' ou têm dificuldade e desistem rápido. A construção dessa atitude, dessa postura de não desistir e de continuar lutando é algo fundamental. A Ucrânia nos mostrou nos dois primeiros sets que temos limitações, mas o time de forma alguma se entregou. Você pode errar a bola, cometer um erro técnico. Mas você não pode não ir em uma bola. Desistir é fracasso – comentou o técnico.



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