Crises de ansiedade aumentam 80% durante a pandemia

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Crédito: Divulgação
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Antes da chegada do Coronavírus, os casos de doenças mentais como depressão, estresse e ansiedade generalizada, por exemplo, já atingiam cada vez mais pessoas de maneira intensa, seja resultado das transformações no ambiente de trabalho ou no convívio social. Com as consequências da pandemia, como isolamento social, distanciamento, adaptação às novas rotinas e incertezas no campo financeiro, os indicadores aumentaram.

Uma pesquisa divulgada pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) apontou um aumento de 80% nos casos de ansiedade durante a pandemia, ando de 8,7% para 14,9% de prevalência entre as pessoas. Os pesquisadores ouviram 1,4 mil entrevistados em 23 Estados.

Ansiedade generalizada

Quando a ansiedade a a ser excessiva diante de situações de medo ou dúvida, por exemplo, pode se tornar uma doença. Segundo a psicóloga especialista em gestão de pessoas, Lisandra Ferachin, durante a pandemia o ambiente pode favorecer o surgimento do TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada).

“As pessoas com ansiedade generalizada têm uma percepção aguçada do perigo, que faz diminuir a percepção do controle. O sentimento delas é de que estão antevendo uma catástrofe, como se tivessem no futuro numa velocidade gigante, vivendo as reações como se fossem no presente. Elas sofrem por antecipação, com antecedência, como se estivessem prevendo que algo sempre vai dar errado de maneira superestimada. Na pandemia, essa percepção sai um pouco do campo psicológico, que não é real, e se apresenta como uma realidade, como se fosse uma simbolização dessa catástrofe ‘anunciada’”, explica.

Pesquisas científicas apontam que os temas que mais elevam as preocupações de pessoas com TAG são questões familiares (79%), econômicas (50%), relacionadas ao trabalho (43%) e doenças (14%). Todos aspectos da vida impactados direta ou indiretamente pelo coronavírus ou pelas medidas preventivas necessárias. Além de potencializar o que antes já afligia os ansiosos, a pandemia inclui outros pontos como a possibilidade de isolamento, necessidade de mudança significativa de rotina e criação de novos rituais de higienização e limpeza, por exemplo.

Sintomas e tratamento

Entre os sintomas mais frequentes de TAG estão a palpitação, taquicardia nervosa, sentimentos crônicos de nervosismo, tremores, tensão muscular, sudorese, sensação de cabeça leve, tontura e mal-estar. Mas, antes de chegar ao tratamento adequado, muitos acabam ando por diversos médicos para exames e avaliações, devido aos sintomas físicos. Quando estes não detectam doenças, o paciente é encaminhado ao psiquiatra.

“Como muitos sintomas são físicos, muitos pacientes tem a dificuldade de itir que estão ando por um transtorno mental. Antes de assumirem para si mesmos, eles se afastam e demoram para começar o tratamento adequado”, explica a psicóloga. O diagnóstico precoce é a melhor forma de diminuir os impactos na qualidade de vida dos ansiosos.

O tratamento recomendado para TAG deve ser realizado em conjunto por psiquiatra com medicação prescrita e acompanhada, em parceria com psicólogo. “A terapia vai ajudar com controles, como gerenciar a respiração, fazer registros de pensamentos automáticos, trabalhar crenças. Além das técnicas para lidar com a ansiedade, vai proporcionar ao paciente um senso maior de habilidades pessoais, com treinamento de relaxamento muscular, acompanhamento da evolução de respostas dadas à ansiedade e, principalmente, vai ajudar a trabalharem com padrões cognitivos que produzem pensamentos distorcidos do perigo ou que geram ansiedade”, complementa Lisandra.



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